sábado, 21 de setembro de 2013

O vento (Vinicius de Aro)




Sentado na área de uma velha casa
Observando o tempo
Eu ouço o forte ruído do vento
Pintando o céu de poeira,
Folhas, galhos, sujeira

Furioso batendo nas casas e nos carros
Balançando as arvores espantando os cavalos
O vento impetuoso espalha
tormento, medo, incerteza
O vento existe pra nos trazer
A memoria ao certo o quanto somos
Seres frágeis, e totalmente
Dependentes do incerto

Da natureza e da vontade
De quem a domina, Deus

O forte ruído do vento me traz a memoria
A saudade, de dias bons
De alegria, felicidade
Que o tempo levou embora
Sem pedir permissão sem marcar hora

O ruído do vento traz um
Sentimento vago de tristeza e solidão,
Um vazio que amarga que corroe o coração
Esse sentimento perverso consome a alma
Fazendo-a se afogar em magoa
Se desfaz a razão, perde a calma

Pedindo socorro no silencio,
Por não suportar mais a dor
A razão traz a memoria
Uma esperança de consolo e amor

Lembra-me que é só por mais um momento
Que o vento vai cessar a tormenta vai passar
E no meio do ar poluído e cinzento
No coração brota a esperança e a certeza
Que o calor e a luz do sol novamente vai brilhar

Vinicius de Aro


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